sexta-feira, 23 de outubro de 2020

O Fim

De repente, invernou
Na triste manhã de outono
Um susto, um assombro
Todo o vivido congelou
Mas, por quê? 
Consultei-me a mim
Palavras proferidas
Mal ditas, mal ouvidas
Misto de dissabores
Madrugada sem fim
E o cristal tão lindo
da mais pura sílica
quebrou
É findo.

2 comentários:

  1. Querida amiga Raquel.
    O poema é lindo. Uma beleza.
    A mim, parece um desabafo de coisas presas na garganta, por muitos e muitos anos.
    Agora finalmente livres...
    Poesia é arte e arte salva.
    Abraços afetuosos poetisa.

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  2. Bingo! Eduardo, sua percepção
    filosófica contribui na análise
    Poética do eu-lírico.
    Hoje, sinto-me totalmente liberta
    de algumas amarras.
    Tanto que este poema foi escrito
    há mais de 1 mês. Só o publiquei,
    Quando me senti pronta.
    Obrigada, querido amigo e poeta!
    Muitos abraços e sorrisos.

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