quinta-feira, 12 de novembro de 2020

À Coleguinha Maria Arruda

Gosta dos seus dias, do seu lar aconchegante, com a sua cara
Seu sorriso não é fugidio. É aberto, gargalhante. Contagia
Seu abraço é de verdade. Enlaça os braços com vontade
Adormece com o que a faz feliz. E ela o é.

Gosta das flores que perfumam e dão alegria.
Gosta das crianças que iluminam o seu dia
Gosta dos idosos que dão conselhos preciosos
Gosta dos anjos que a guardam com asas de todas as falanges
Gosta da árvore que se veste de verde novo, apesar da falta de chuva.
Sonha ser inteira e como a árvore
se reveste de esperança.

Felicidade é acordar no frescor da manhã
Olhar pro céu e ver Deus na natureza
Tomar um gostoso café com bolo quente
Fazer uma ligação e ver seus netos sorrindo no vídeo
É ter a certeza de ser ela mesma sua melhor canção
Realizar seu desejo de ser feliz e livre como
criança

Criatura forte e frágil que o Criador fez assim
Sua matéria é a pele moldada em barro,
preenchida de jasmim
Revestida de humana, ela se quebra facilmente como um vaso de porcelana

Ela tem necessidade de movimento.
Desde cedo, aprendeu que a vida
é curta.
Por isso a urgência, por isso não se demora
onde existe dor.
Feito um girassol, ela vai em direção à luz
buscando da vida o calor.

2 comentários:

  1. Magnifica homenagem.
    Sincera, verdadeira e transmite a imagem da coleguinha Maria, como se estivesse aqui do meu lado.
    Parabéns poetisa.
    Abraços afetuosos

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  2. Gratidão, Edu! Maria é sogra do meu filho e irmã de Igreja; enfim, uma grande amiga. E é desse jeito mesmo que a descrevi. Gosto demais dela.
    Estou honrada com seu comentário.
    Um abraço, poeta 🤗

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